Já pensou em viajar pelo mundo sem gastar com a sua hospedagem? Ter um guia local totalmente gratuito que pode se tornar seu amigo? Conhecer muito além de pontos turísticos? Fazer uma imersão na cultura do lugar que se está viajando? Ficou interessado? Então confere aí o nosso post que conta tudinho para você poder viajar mais, gastando menos. 😉
Como já falei nos meus posts anteriores eu adoro uma viagem BBB (Bom, Bonito e Barato), e você pode estar pensando, mas quem não gosta Carol? Então, eu diria que uma viagem BBB não é para qualquer um, porque para você conseguir viajar mais gastando menos, obviamente você precisa abrir mão de algumas coisas, como um quarto num hotel de luxo, um jantar num restaurante badalado, aquelas comprinhas na loja que você adora e por aí vai. O que para mim não é um problema, pois eu adoro uma indiada, uma aventura e ter boas histórias para contar depois da viagem. E sempre carrego o mínimo de coisas possíveis durante a viagem, pois detesto malas. Também não me importo em dormir em lugares mais simples ou compartilhados,comer um sanduíche ao invés de ir a um restaurante mais caro, porque para mim o mais importante é conhecer lugares e pessoas incríveis, com culturas diferentes da minha que me ajudam a me tornar uma pessoa melhor a cada viagem.
Então, se você não se importa em abrir mão de alguns confortos, confere aí algumas das minhas dicas para gastar nada ou quase nada com a sua hospedagem.
Amigos de São Paulo e Minas que fiz no Hostel Che Lagarto em Búzios, no Rio de Janeiro
Um dos custos mais altos em uma viagem depois da passagem aérea dependendo do destino, normalmente é a hospedagem, então eu sempre economizo muito na hospedagem ficando em hostel, que oferece quartos coletivos e privativos, com preços bem mais econômicos do que dos hotéis. Um hostel possui a mesma lógica de um hotel ou pousada, a maioria oferece café da manhã, cozinha e recepção 24hs, alguns possuem piscina, bar, biblioteca, atividades de entretenimento, entre outros atrativos que possuem o objetivo de integrar os hospedes.
É um ótimo ambiente para fazer novos amigos e praticar inglês, já que circulam muitas pessoas de vários lugares do mundo. A principal a diferença é que você pode optar em dividir um quarto com outras pessoas e pagar muito barato por isso. Quanto maior o número de hóspedes no quarto, mais barato ele fica, você pode escolher se prefere ficar em um quarto misto (homens/mulheres) ou só masculino ou feminino. Alguns quartos possuem armários (é só levar o seu cadeado com chave e guardar as suas coisas de valor nele) e banheiros para compartilhar apenas com os seus colegas de quarto.Você também pode fazer a sua própria comida na cozinha do hostel e economizar uma grana com a alimentação.
Eu gosto muito de ficar em hostel, pois é prático e econômico para mim, que normalmente passo o dia inteiro na rua e só uso o hostel para tomar um banho e dormir e além disso, aproveito para fazer novas amizades, conhecer culturas diferentes e praticar inglês.
#DicasVPM
Eu sempre tive vontade de usar o Couchsurfing, mas confesso que tinha um pouco de receio de dormir na casa de um estranho. Mas depois que voltei de Londres, precisava praticar inglês e resolvi hospedar uma polonesa na minha casa durante um final de semana, e foi uma experiência fantástica. Levei a menina para conhecer os meus lugares preferidos em Porto Alegre, pratiquei inglês, conheci mais sobre a Polônia e os países que ela já havia visitado e ainda pude observar a minha própria cultura com um outro olhar, além de ter ganhado uma amiga, que sigo falando até hoje.
Klaudia conhecendo a cultura gaúcha
A polonesa que hospedei, viajou durante um ano pela América Latina, sem gastar nada com hospedagem, usando apenas o Couchsurfing para se hospedar nos lugares por onde passou, por ser uma forma barata e segura para viajar mais e uma oportunidade de conhecer pessoas locais e fazer novos amigos, vivenciando o cotidiano, costumes, culinária e a cultura local. Os anfitriões do CS também acabam se tornando guias locais, pois dão dicas dos melhores lugares para conhecer na cidade, trazendo uma experiência muito além dos pontos turísticos tradicionais.
Traduzindo para o português, ‘Couchsurfing’ seria algo como “surfe no sofá”. E a proposta é exatamente essa: encontrar pessoas pelo mundo com a disponibilidade de compartilhar o seu sofá por uma ou mais noites.
Para participar da rede é só fazer um cadastro no site ou no aplicativo, preencher o perfil com informações pessoais como: nome, profissão, cidade natal, lugares que já morou e visitou, línguas que fala ou está aprendendo, o que gostaria de compartilhar (casa, quarto, sofá, culinária local, línguas, etc.), interesses e outras informações que possam apresentar o seu objetivo no aplicativo. No perfil, é possível informar se você quer receber alguém na sua casa ou apenas sair para tomar um café ou um drinque com os viajantes que irão visitar a sua cidade. Caso queira hospedar alguém, é só especificar o espaço que possui: um quarto, um sofá, um colchão, etc. Ou se você quer buscar uma hospedagem, é legal contar um pouco do seu objetivo e o roteiro de viagem no seu perfil. O perfil completo facilita encontrar os viajantes com os mesmos interesses.
É possível buscar no site tanto os hospedes como os anfitriões, o convite pode partir de ambos os lados. A busca permite filtrar por localização, idade, gênero e outros aspectos. Normalmente a seleção dos viajantes ou anfitriões acontece pela leitura dos perfis, são avaliados fatores como o objetivo da viagem, o que gostariam de compartilhar e as referências que os outros usuários deixaram. Se você tem amigos nessa rede peça para eles escreverem uma referência sua, vai facilitar que você seja aceito como anfitrião ou hospede.
Além disso, o aplicativo confirma alguns dados pessoais do cadastro para evitar os perfis falsos e garantir a segurança das pessoas que compartilham suas casas por meio da plataforma. Alguns dados básicos são confirmados de forma gratuita, mas também existe a possibilidade de pagar em torno de US$ 60 para verificar todos os dados por meio do cartão de crédito, assim o usuário se torna um membro do Couchsurfing muito confiável e com mais chances de encontrar hospedagem nos lugares que for viajar.
A plataforma também possibilita a criação de eventos e fóruns para que os viajantes possam se ajudar com dicas de viagem, hospedagem, cursos, intercâmbios de idiomas, encontro em bares, cafés, entre outras atividades.
O aplicativo também disponibiliza o Hangout, uma funcionalidade que conecta as pessoas apenas para encontros pontuais como passear pela cidade, ir algum bar ou restaurante.
O Couchsurfing foi fundado em 2004 por quatro jovens americanos, que gostavam de viajar e de fazer intercâmbio cultural. A ideia surgiu a partir de uma viagem que eles fizeram para a Islândia, onde acabaram se hospedando na casa de estudantes de forma gratuita. E após a viagem criaram um site para ajudar a conectar pessoas do mundo que gostariam de compartilhar suas casas e vidas com viajantes dispostos a conhecer a cultura local. Hoje, o Couchsurfing é a principal plataforma de viagens do mundo, com mais de 14 milhões de membros em diversos países, em mais de 200.000 cidades, tornando as viagens uma experiência cultural.
O Couchsurfing proporciona muito mais que hospedagem gratuita aos viajantes, já que eles podem vivenciar um pouco do cotidiano dos seus anfitriões e da comunidade onde eles estão inseridos, ampliando assim o escopo da viagem, que traz muito mais do que pontos turísticos para a experiência do viajante, possibilitando novas formas de relacionamentos, compartilhamento de conhecimentos, ideias e perspectivas de vida. E para o anfitrião, possibilita que ele conheça pessoas de diferentes lugares e culturas sem sair de casa, além da troca de conhecimento, novas amizades, que o aplicativo pode proporcionar.
#DicasVPM
E aí vai para o mundo fazer uma viagem BBB? Quem sabe a gente não se encontra numa aula de salsa com a do vídeo abaixo num hostel ou couchsurfing por aí… 😉
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