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Clássico dos anos 80, quem aí se lembra dessa música tema do filme Highlander do Queen? Bem, entreguei a minha idade. Se você é jovem, para facilitar, já ouviu falar de Outlander, série disponível no Netflix? Ótima referência para sonhar com as paisagens das famosas Highlands da Escócia e conhecer um pouco a história desse país incrível.

O território escocês é dividido em duas grandes regiões: as Lowlands e as Highlands – ou as Terras Baixas e as Terras Altas. Nas Lowlands ficam as metrópoles, como Edimburgo e Glasgow. Já as Highlands, localizadas no noroeste, embora menos povoadas, oferecem as mais belas paisagens e natureza de todo o Reino Unido, com lagos, fiordes e montanhas que no verão são tão verdes e uniformes como se toda a semana alguém aparasse a grama.

Logo que você sai alguns quilômetros de Edimburgo, a paisagem muda drasticamente, o que de cara me gerou um grande arrependimento de ter disponível apenas 2 noites para conhecer. Então fica a primeira dica: programe pelo menos entre 3 a 4 noites.

Há várias opções para conhecer as Highlands. Você pode ir de trem até Inverness e usar a cidade de base. Pode-se contratar tours saindo de Inverness, Glagow ou de Edimburgo. Ou, pode-se alugar carro, lembrando que terá que dirigir na não inglesa. Eu optei pelo carro. Fui até Edimburgo de trem e de lá sai direto para Inverness. Devido ao tempo curto, subi direto pela A9 e incluí uma parada na Desliaria Dalwhinnie Não sou uma grande fã de uísque e como estava dirigindo e era a única motorista, não pude fazer degustação. Se você curte, recomendo pesquisar: a Escócia é famosa pela bebida e na região das Highlands você encontra em torno de 50 destilarias. A Dalwhinnie Distillery é uma das mais famosas.

Inverness serve mais como base mesmo. É uma cidade pequena e charmosa, porém, com poucas opções de restaurantes ou lojas e tudo fecha cedo. Também não tem tantas atrações turísticas interessantes. Para jantar, recomendo que reserve com antecedência. Fiquei hospedada na Glenrossie Guest House, muito confortável e bem localizada. Atenção: não tem estacionamento para carros, você só pode deixar o carro na rua das 19h até 8h. Então tive que sair bem cedinho.

De Inverness sai em direção a Skye Isle, parando no caminho para visitar as ruínas do Castelo de Urquhart, que fica a beira do Lago Ness, e bem mais adiante, O Castelo de Eilean Donan, uma reconstrução feita no século XX a partir de outro que existia no local, uma pequena ilha em meio aos lagos escoceses, serviu de inspiração para o filme Valente.

Na sequência, cruzamos a Skye Bridge, a ponte que dá acesso à Ilha de Skye. Há muito o que fazer e explorar em Skye: castelo, destilarias, trilhas. A geografia montanhosa, não permite dirigir muito rápido. As estradas estão ótimas, mesmo assim, demora para dar a volta toda e cobrir os principais pontos. Decidi fazer o lado leste, por causa do tempo disponível. A ilha que já serviu de cenário para vários filmes (gosta de 007? Mais uma dica de cine a, Skyfall) é de tirar o fôlego. Não tenho palavras sobre Skye, porque é simplesmente o lugar mais lindo que já fui. Não é brincadeira é de uma beleza singular. Difícil uma foto que faça jus a tanta beleza. Se quiser ver mais, publiquei alguns vídeos no meu instagram. Os pontos mais visitados na Ilha são: Old Man of Storr (√), Mealt Falls (√), The Quiraing (√), Neist Point Lighthouse, Fairy Pools, Dunvengan Castle, The Fairy Glen, entre outros.

Um lugar que certamente voltarei para explorar com mais tempo, aliás, se tem espírito aventureiro, alugue uma camper van, a melhor forma de conhecer as Highlands. Apesar de ter ficado triste pela falta de tempo, a noite compensou por uma decisão um pouco ousada. Ao invés de ficar hospedada em Portree que é a maior cidadezinha da ilha, ficamos em Raasay Island. Uma ilha que não tem muita coisa, além do hotel, uma destilaria e alguns poucos moradores, menos de 200. Foi uma experiência incrível. No verão, a balsa para chegar na ilha tem mais horários disponíveis, se for conhecer fique atento a esse detalhe. O hotel é ótimo e ficar hospedado nesse lugar de tranquilidade, cercada de coelhos e natureza foi muito legal. Jantamos no próprio hotel, e sim, também precisa reservar. Se não o fizer, você ficará sem janta, porque não tem outros restaurantes na ilha.

No dia seguinte, começamos a retornar a Edimburgo. Há 3 opções de rota: voltar por Inverness, pela A 87 ou pela A87 com desvio pela A83 passando por Fort Willian e Loch Lomond & The Trossachs National Park, essa última propiciando mais paisagens incriveis e que também permite uma parada no Jacobite Steam Train, trem que serviu de inspiração para o Hogwarts de Harry Potter. Como eu já estava bem cansada de dirigir em estradas com muitas curvas, estreitas e na mão inglesa, escolhi a A87.

Meu grande erro foi o cálculo do tempo e aqui fica uma dica de ouro. Muitas vezes você olha a distância e se baseia numa viagem a 80-100km/h. Porém nesse tipo de estrada muitas vezes a velocidade mal passava de 60km/h. Sem contar as inúmeras paradas para fotos e para curtir o visual. Se optar por esse destino, novamente, dedique no mínimo 3 noites e 4 dias inteiros para conhecer. Dirigi aproximadamente 850km em 3 dias. Muito cansativo. Outro erro é querer aproveitar o máximo, conhecer tudo. É impossivel conhecer tanta coisa numa mesma viagem. Às vezes, se dedicar a algo que você queria muito conhecer, vale mais do que conhecer dois, três, quatro países de uma só vez.

Lago Ness

Talvez por isso, o Highlander não estaja errado em querer viver para sempre no filme, afinal, com tantos destinos maravilhosos e tão puco tempo de vida dividido entre estudos, trabalho, família e amigos, só mesmo sendo um Highlander para desbravar devidamente os 4 cantos do nosos planeta.

Bos sorte viajante!

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Fernanda Rosa
Fernanda Rosa

Publicitária por formação; marketeira em tempo integral e escritora nas horas vagas por amor. Leonina, porto-alegrense, pós-graduada em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas-RS; adora cinema, música, propaganda, jogar futebol, torcer pelo Colorado e cozinhar. Apaixonada pelo mundo, faz uma mala como ninguém.

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